Cervejas e cigarros não traziam o alívio. Sentia uma dor intensa, uma angústia. Viver doía.
Naquele domingo quis se internar numa UTI.
Ele estava enfermo e do jeito que podia, pedia socorro.
Seu estado era grave. Não conseguia enxergar cor, sentia-se ôco, sem coração.
De onde vinha a dor misteriosa? A dor era da alma. Era um robô.
O homem-de-lata. Feito de latas da Antártica. Queria ser ouvido.
Escutei suas dores com a sinceridade de uma verdadeira amizade.
Tive a certeza que gosto dele pelos motivos certos, ou seja, não preciso de motivos para gostar.
É simples! Tenho a alma leve.
Ele ainda me disse que gosta de namorar. Não quer mais ficar.
Quis dizer a ele que, então, estava no caminho errado ou na viagem errada...
Era a sua décima terceira cerveja! Achei melhor não opinar.
Cada um escolhe a sua direção. Para namorar é preciso investir: esforço, carinho e tempo.
É preciso que a alma fique mansa também. Disso ele sabia.
As feridas n'alma, a sensação que tudo é superficial, o vazio e o medo...
Na verdade, muito medo que sentia iriam ser curados.
Quis dizer isso a ele, mas restringi ao tudo ficará bem.
Ele que começou me dizendo que nunca me trataria mal.
Esqueceu disso no final...
Marianne.
30/08/2010
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