quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DIÁLOGO IMAGINÁRIO.

Estavam de bobeira. Sem nada para fazer.
Ambos gostavam da situação, da companhia um do outro.
Ela pergunta: Sabe a diferença entre a paixão e o amor?
Na verdade, ela é prolixa e queria dar a sua opinião.
Ele é conciso por natureza e, provavelmente, falaria qualquer besteira por preguiça ou por ser um assunto que o confundia.
Ela: A paixão é a surpresa, é a urgência, o frio na barriga. Paixão é o agora ou nunca. É a gente se surpreender a cada segundo. É extasiante!
O amor é o agora e o amanhã também. Amor é quando decidimos não sermos mimados e não precisamos mais criar um sistema de recompensa para cada frustração recebida.
Acontece quando deixamos de ser rígidos, ou seja, saímos da nossa imobilidade mental.
Ela respira fundo: Eu acho que você nunca se apaixonaria por mim.
Ele fica surpreso com a confissão, mas só demonstra com os olhos.
Ela continua: Porém, acho que sou das poucas pessoas que você seria capaz de amar.
Nós dois só seremos realidade quando você parar de procurar o amor em paixões.
Um dia você perceberá que é capaz de amar... Parece ser essa a sua busca, não?!
Eu acho tão cruel! Depois de um tempo os apaixonados se entendiam e tentam mudar no outro o que nele os incomoda. É sempre uma tentativa de adequar o outro a você.
O amor parece ser desprovido de fortes emoções, mas não é.
Quer emoção mais forte que a cumplicidade?
Temos que fazer escolhas todos os dias. Que emoção!
Eu escolhi amar você. Eu escolhi ficar com você. Eu escolhi dividir a minha vida com você.
Ele não opinou, apenas, disse: Você deve estar certa como em 88% das vezes.
Ela sorriu e pensou como eram mentalmente afinados. E, encerrou o assunto relembrando a velha dúvida dele: Será que você está perdendo a oportunidade da sua vida não ficando comigo? 
Ele não sabia e não sabia porque não tinha coragem de ir em frente.
Ela o respeitava. Ele não alcançava esse nível de desprendimento. 
Ela cantarolou baixinho: " ...quando não estás aqui, sinto falta de mim mesmo..."
Foi um diálogo porque se entendiam e se queriam muito bem.  

Marianne.
15/10/2010

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